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Divisão de bens após o divórcio: o que diz a lei no Distrito Federal

  • Foto do escritor: Robert Silva Advocacia
    Robert Silva Advocacia
  • 25 de out.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 10 de nov.

Encerrar um casamento é também organizar o patrimônio. No Distrito Federal, a divisão de bens segue as regras do Código Civil e procedimentos do TJDFT e dos cartórios locais. Entenda como proteger seus direitos, evitar perdas e concluir a partilha com segurança.




Base legal no DF

A legislação aplicada é federal (Código Civil e Código de Processo Civil), com procedimentos práticos definidos pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios e pelos cartórios de notas e de registro. O divórcio pode ser:


  • Extrajudicial: quando há consenso, não existem filhos menores ou incapazes e a partilha está definida.

  • Judicial: quando há divergências, existência de filhos menores/incapazes ou necessidade de tutela judicial.

  • Dissolução de união estável: segue lógica semelhante, com comprovação da convivência e do regime de bens.


Regimes de bens: o que muda na partilha

  1. Comunhão parcial (padrão): comunicam-se os bens adquiridos onerosamente durante o casamento; bens anteriores permanecem particulares.

  2. Comunhão universal: em regra, todos os bens presentes e futuros se comunicam, salvo exceções contratuais ou legais.

  3. Separação convencional: cada cônjuge conserva patrimônio próprio, conforme pacto antenupcial.

  4. Separação obrigatória: aplicada nas hipóteses do art. 1.641 do Código Civil; comunicação de aquestos pode depender de prova de esforço comum.

  5. Participação final nos aquestos: cada um administra seu patrimônio durante o casamento e, na dissolução, apura-se a meação sobre os aquestos.


O que entra na meação (comunhão parcial)

  • Imóveis, veículos e investimentos adquiridos onerosamente na constância do casamento.

  • Benfeitorias realizadas em bens particulares com recursos comuns.

  • Fundos e aplicações feitos com renda obtida durante o casamento.


O que geralmente fica fora

  • Heranças e doações com cláusula de incomunicabilidade.

  • Indenizações de dano moral e bens de uso pessoal.

  • Bens adquiridos antes do casamento, salvo valorização decorrente de investimento comum.


Dívidas, financiamentos e imóveis no DF

  • Dívidas contraídas para a família tendem a ser partilhadas; dívidas estritamente pessoais costumam não integrar a meação.

  • Financiamentos imobiliários: divide-se a fração já quitada; prestações futuras podem ser ajustadas no acordo.

  • Uso de FGTS na compra do imóvel: deve ser considerado no acerto da meação.

  • Imóveis em regularização ou com cessão de direitos: exigem atenção documental típica do DF; verifique matrícula, contratos e registros.


Empresas, veículos e investimentos

  • Quotas de sociedades: é comum a avaliação por perito para apurar valor e participação.

  • Veículos: partilha conforme Tabela Fipe, estado de conservação e ônus.

  • Investimentos e criptoativos: devem ser declarados e divididos conforme o regime de bens.


Passo a passo para organizar sua partilha no DF

  1. Levante documentos: certidões, contratos, notas fiscais, extratos bancários e de investimentos.

  2. Defina o regime de bens e mapeie o que é comum e o que é particular.

  3. Avalie os bens: laudos, avaliações imobiliárias e de veículos aumentam a segurança jurídica.

  4. Negocie um acordo claro: quem fica com o quê, quem paga o quê, prazos e eventuais compensações.

  5. Formalize: por escritura pública em cartório (quando possível) ou por sentença no TJDFT.

  6. Registre: atualize matrículas, transferências de veículos e cadastros fiscais.


Erros comuns que custam caro

  • Omitir bens ou dívidas, gerando nulidade e novas disputas.

  • Não valorar corretamente empresas, imóveis e benfeitorias.

  • Deixar de atualizar registros após a partilha.


Tempo e custos

Processos consensuais costumam ser mais rápidos e econômicos. Custas judiciais, emolumentos de cartório e honorários variam conforme a complexidade, quantidade de bens e necessidade de perícias.



Quando procurar um advogado no DF

Se houver patrimônio relevante, empresa, imóveis financiados, divergências ou dúvidas sobre documentos, um especialista em família e sucessões no DF agrega segurança. Além de dominar a legislação, esse profissional conhece rotinas dos cartórios e das varas de família locais.



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© 2025 por Mike Robert.

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